8 de mai. de 2023
Lucas Urbano, Head of Regenerative Agriculture and Sustainable Sourcing da Unilever, compartilhou sua trajetória intraempreendedora. Ele usou ESG e inovação como formas de alavancar sua carreira.
Lucas Urbano, nascido em Ribeirão Preto, se formou em Engenharia Ambiental, tendo trabalhado na Unilever e na Danone, empresas que são referências para o mercado. Na Danone, Lucas teve a oportunidade de iniciar a construção da área de sustentabilidade da empresa e até mesmo tomar outros papéis que o levaram a trabalhar em um período na matriz da empresa na França. Sua trajetória com o intraempreendedorismo começou na Danone. Lucas foi desafiado por sua liderança a desenvolver um projeto que reduz emissões engajando parceiros na cadeia de valor e ONGs.
Um desafio comum para os intraempreendedores é: como desenvolver a credibilidade interna, que te dá o direito a sugerir novos projetos? Lucas vê dois pontos principais: a capacidade de fazer escolhas, ou seja, apesar de existirem diversos temas a serem trabalhados, questionar-se: qual desses temas está mais alinhado com a estratégia da empresa? E a importância de discutir o COMO esses projetos serão implementados. Lucas concluiu que um intraempreendedor precisa-se dedicar mais a forma de implementação de projetos do que questionar o que será feito ou por que fazê-lo.
Quando questionado sobre sua experiência frente a alavancas e barreiras para intraempreendedores, Lucas trouxe sua vivência na Danone. A empresa estimulava a criação de novos projetos. Como barreira, ele cita como, em qualquer local de trabalho, existe uma certa resistência em relação ao novo, a mudanças. Experimentar resistência é normal para os intraempreendedores, porque nem todos os colegas entendem ou querem mudanças. Ademais, ele aprendeu a deixar aos outros brilhar. Importante tirar o ego em prol dos objetivos.
Sobre as empresas internacionais, Lucas foi questionado sobre a diferença entre apresentar projetos para a liderança brasileira e a matriz. Apesar de variar um pouco entre as duas empresas em que ele trabalhou, ele cita elementos gerais que influenciam o apoio a projetos intraempreendedores: é difícil negar projetos que estão alinhados com a estratégia e explicam bem o “como” da implementação. Porém empresas multinacionais estão ficando cada vez mais atentas à necessidade de incluir o cenário local na construção de novos projetos, adaptando-se à cultura local.
Mas como no final ser intraempreendedor influenciou a carreira do Lucas? Primeiro, Lucas conseguiu construir uma carreira e projetos que trazem novas oportunidades e aprendizados. Ser intraempreendedor, abriu portas para que Lucas pudesse construir a carreira e a posição que ele tem hoje. Ele brinca: “Não fiz carreira, construí minha carreira”.
Por fim, Lucas aponta as três alavancas importantes para uma cultura organizacional de ESG e inovação: 1 - criar um ecossistema de parceiros, 2 - a importância de tomar decisões e 3 - trazer a discussão sobre o “como” seu projeto gera valor.
Veja a conversa na íntegra abaixo: